Os estudantes da Escola de Referência Monsenhor Antônio de Pádua Santos, em Afogados da Ingazeira, decidiram não comparecer às aulas nesta quinta-feira (25). O motivo da paralisação está relacionado a problemas na merenda escolar e à falta de estrutura adequada para o refeitório.
Segundo os alunos, a qualidade da alimentação oferecida caiu desde que a escola deixou de ser atendida por uma empresa terceirizada e passou a receber diretamente os alimentos do Governo do Estado. Eles relatam porções insuficientes, cardápio limitado e ausência de materiais adequados para o serviço da merenda.
A decisão de suspender as atividades, afirmam, foi tomada de forma independente pelos discentes, sem envolvimento da direção da instituição de ensino.
Confira a nota divulgada pelos estudantes na íntegra:
COMUNICADO
Por meio desta, os alunos da EREM Monsenhor Antônio de Pádua Santos, localizada em Afogados da Ingazeira, informam que, após diversas manifestações de insatisfação em relação à qualidade da merenda oferecida, e diante da ausência de medidas efetivas para a resolução do problema, será realizada uma paralisação das aulas nesta quinta-feira, (25).
Há pouco mais de um mês, estamos vivenciando uma situação precária e delicada em relação às refeições, uma vez que nossa instituição, que antes era atendida por uma empresa terceirizada, hoje passa pelo processo de “escolarização”, onde os alimentos são fornecidos diretamente pelo Governo do Estado. Essa alteração resultou em um retrocesso na qualidade da alimentação, já que esta deixou de atender às necessidades nutricionais dos estudantes e apresenta baixa variedade, porções insuficientes e falta de cardápio balanceado.
Além disso, registramos a precariedade da estrutura destinada ao serviço da merenda, afinal, toda a alimentação está sendo servida em panelas e bacias, pois nossa escola ainda não recebeu os materiais necessários para conduzir os serviços.
Desse modo, a paralisação foi definida como forma de reivindicar melhores condições alimentares, visto que a merenda escolar é essencial para a permanência, o bem-estar e o rendimento acadêmico de todos. Reiteramos, ainda, que esta atitude parte exclusivamente dos alunos, e a instituição de ensino não tem nenhum envolvimento neste movimento.
Por fim, esperamos contar com a compreensão e o apoio de pais, responsáveis e de toda comunidade, reforçando que essa mobilização tem como objetivo assegurar o direito básico à alimentação de qualidade no ambiente escolar.
“Estudantes fortes são aqueles que exigem seus direitos e não aceitam qualquer coisa.”
Atenciosamente,
Corpo Discente da EREM Monsenhor Antônio de Pádua Santos

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