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Coluna: A faísca entre Danilo Simões e Mário Viana expõe fragilidade na base de Raquel Lyra em Afogados


O cenário político em Afogados da Ingazeira ganhou novos contornos após as declarações do ex-candidato a prefeito Danilo Simões, do mesmo partido da governadora Raquel Lyra (PSD), durante entrevista ao programa Debate das Dez, da Rádio Pajeú. 

Simões, que obteve quase 10 mil votos nas eleições municipais, criticou duramente o gerente de Articulação Regional da Casa Civil, Mário Viana Filho, acusando-o de manter diálogo com o grupo do prefeito Sandrinho Palmeira (PSB), aliado do prefeito do Recife, João Campos, adversário político da governadora.

A fala de Danilo expõe um desalinhamento dentro da base que apoia Raquel Lyra na região do Pajeú. Embora ambos sejam aliados do governo estadual, Simões fez questão de lembrar sua representatividade eleitoral para reforçar o peso de sua crítica, sinalizando desconforto com a atuação de Viana.

Por sua vez, Mário Viana reagiu publicamente. Em nota, ele negou qualquer vínculo com gestões ligadas ao PSB, reforçou seu compromisso com o fortalecimento do grupo político da governadora e defendeu sua articulação junto a lideranças locais como parte de sua função.

Esse embate ocorre em um momento delicado da governadora, que ver João Campos com possibilidade real de vencer as eleições ainda no primeiro turno. Em Afogados da Ingazeira, a disputa de espaço entre dois nomes ligados ao governo pode dificultar a unificação de lideranças, algo fundamental para futuras disputas eleitorais.

Embora, o episódio possa ser administrado internamente, ele revela um ponto de fragilidade na base governista na região e acende um alerta para a governadora: manter o equilíbrio entre aliados e evitar rachas será essencial para buscar força política em regiões estratégicas, como o Sertão do Pajeú.


Por Romário Silva


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